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Tragédia do “desafio do desodorante” tira a vida de adolescente de 13 anos e reacende alerta mundial

Tragédia do “desafio do desodorante” tira a vida de adolescente de 13 anos e reacende alerta mundial

Tragédia do “desafio do desodorante” tira a vida de adolescente de 13 anos e reacende alerta mundial
Tragédia do “desafio do desodorante” tira a vida de adolescente de 13 anos e reacende alerta mundial (Foto: Reprodução)

Mais uma tragédia envolvendo desafios perigosos disseminados nas redes sociais voltou a chocar o mundo. A adolescente Tiegan Jarman, de apenas 13 anos, morreu na região de Leicestershire, na Inglaterra, após inalar desodorante aerossol durante a prática conhecida como chroming, popularmente chamada no Brasil de “desafio do desodorante”, impulsionada por vídeos no TikTok.

O chroming faz parte de uma série de tendências que estimulam a inalação de substâncias químicas como desodorantes, tintas metálicas e solventes. Apesar de causar sensação momentânea de euforia, a prática pode provocar desmaios, danos neurológicos graves, parada cardiorrespiratória e levar à morte.

Segundo familiares, Tiegan teria inalado vapores de ao menos uma lata de desodorante no dia do incidente.

PRÁTICA SILENCIOSA

O padrasto da jovem, Rob Hopkin, afirmou que é impossível saber se ela já havia tentado o desafio anteriormente, destacando que se trata de uma prática silenciosa, difícil de ser identificada a tempo. Tiegan deixa três irmãos: Brogan, de 24 anos; Alisha, de 18; e Callum, de 17 anos.

Casos semelhantes já foram registrados em países como Austrália, Estados Unidos e também no Brasil. Em abril, a brasileira Sarah Raissa Pereira de Castro, de apenas 8 anos, morreu após inalar desodorante em um episódio relacionado ao mesmo desafio.

O caso levou a primeira-dama Janja da Silva a defender uma regulamentação mais rígida das redes sociais. Um mês antes, em Pernambuco, Brenda Sophia Melo de Santana, de 11 anos, sofreu parada cardiorrespiratória após prática semelhante.

REPERCUSSÃO INTERNACIONAL

Diante da repercussão internacional, a própria plataforma passou a bloquear buscas por conteúdos relacionados ao desafio e direcionar usuários para serviços de apoio sobre uso indevido de substâncias.

Diante desse cenário tão preocupante, especialistas alertam que os mecanismos de controle seguem insuficientes diante da velocidade de propagação dos conteúdos virais.

Transformando a dor em mobilização, Alisha, irmã de Tiegan, lançou uma petição cobrando que produtos como desodorantes e solventes tragam alertas explícitos sobre o risco de inalação. Ela também defende que as escolas passem a abordar, de forma mais aprofundada, os perigos das tendências on-line.

ALERTA PARA SERIEDADE

O pai da adolescente, Paul Jarman, fez um apelo contundente para que pais, educadores e autoridades levem o tema com a seriedade necessária.

Em entrevista ao portal LeicestershireLive, Paul afirmou que os perigos das redes sociais deveriam ser ensinados nas escolas como uma disciplina específica. Para ele, as plataformas digitais ainda falham em frear conteúdos que incentivam comportamentos de alto risco entre crianças e adolescentes.

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