Crise na segurança de Coreaú no Ceará

Crise na segurança de Coreaú no Ceará

Coreaú vive um dos episódios mais constrangedores de sua história recente. Em pleno 2025, a Polícia Militar do município simplesmente não conta com viatura própria para circular, atender ocorrências e garantir presença ostensiva nas ruas. Um cenário que expõe uma ferida aberta: o abandono do Governo do Estado diante de uma demanda básica de segurança pública.

Mesmo não sendo responsável por esse serviço, a Prefeitura de Coreaú, num esforço que deveria envergonhar quem realmente detém a competência, passou meses cedendo seus próprios veículos para que a PM não ficasse totalmente imobilizada.

Como toda medida emergencial, a disponibilização tem limite: os veículos municipais estão comprometendo outros serviços essenciais, e talvez não seja mais possível manter esse improviso por muito tempo, um problema que só existe pela ausência do Estado.

Toda essa situação assusta e revolta os moradores. Nas ruas, o clima é de frustração e incredulidade: "A gente fica sem entender, pq aqui é uma cidade pequena e mesmo assim nem uma viatura o Estado consegue mandar pra gente. Parece que estamos esquecidos," lamenta uma moradora do Centro da cidade.

"Se a prefeitura não ajudar mais quem vai vir quando a gente precisar? A gente fica no desamparo total,” questiona um comerciante.

Coreaú vive algo grave: a sensação de vulnerabilidade, de depender da sorte porque o Estado não cumpre sua parte. A ausência de viaturas impede rondas básicas, deslocamentos rápidos e até mesmo o atendimento simples de chamados. Uma cidade inteira fica exposta, principalmente levando em conta o pequeno número de policiais.

Diante desse quadro, é impossível ignorar a omissão do Governo do Estado do Ceará. O governador Elmano de Freitas e o secretário da Segurança Pública, Roberto Sá, precisam agir e com urgência.

O silêncio do Estado já dura tempo demais. E a paciência do povo já se esgotou.

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